É uma planta da área do Mediterrâneo e da Europa Central, trazida para a América do Sul pelos colonizadores espanhóis, e cresce na região sul e central do Chile como uma planta selvagem, em solos secos de baixo valor agrícola.
Nome Científico: Rosa aff. Rubiginosa.
Sinônimos: Rosa selvagem, rosa silvestre, rosa canina, rosa primitiva, hunds rose (alemão), rosa canina (espanhol), églantine (francês), wild rose (inglês), rosa selvatica (italiano), rosae (latim).
Família: Rosaceae.
Parte utilizada: Fruto, casca e sementes.
Composição:
Ácidos graxos não-saturados: Ácido linoléico (entre 43% e 49%), Ácido linolênico (entre 32% e 38%), Ácido oléico (entre 14% e 16%), Ácidos graxos saturados, Ácido palmítico (entre 3% e 5%), Ácido palmitoléico (entre 0,1% e 5%), Ácido esteárico (entre 1% e 2%), Altas concentrações de betacarotenos e licopenos (polpa do fruto), altas concentrações de vitaminas A, B1, B2, E e K, além de minerais como Potássio, Cálcio, Sódio, Ferro e Magnésio.
Indicações:
Prevenção e tratamento de estrias;
Aplicações no pós-operatórios em cicatrizes;
Regenerador de tecidos;
Tratamento de queimaduras;
Redução de cicatrizes antigas ( hipertróficas, hipercrômicas e retráteis);
Quelóides;
Ulcerações;
Assaduras;
Ictiose;
Psoríase
Utilização:
Prevenir o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de estrias da gravidez. O seu uso é feito com o óleo puro, aplicando-se poucas gotas sobre a região tratada, com massagem circular até sua total absorção ( 2 a 3 minutos).
Suas propriedades naturais garantem resultados efetivos nos tratamentos de: fotoenvelhecimento – manchas causadas pela excessiva exposição ao sol; cicatrizes cirúrgicas e quelóides; escaras produzidas pela psoríase; cicatrizes provocadas por queimaduras: cicatrizes de acne, pele seca e eczemas.
Atinge as camadas mais profundas da pele fazendo com que a reconstituição do tecido da pele ocorra de maneira integral e intensa. Sua mais famosa propriedade, a de atenuar cicatrizes e eliminar certos tipos de manchas, deve-se a ação do ácido transretinóico, que aumenta a velocidade da regeneração dos tecidos ativando os fibroblastos – (responsável pela produção das fibras de sustentação como o colágeno). O aspecto mais liso e rosado da pele ocorre devido ao óleo extraído da flor, que favorece a circulação dos minúsculos vasos que irrigam o tecido cutâneo. Por ser cicatrizante é indicado no tratamento de queimaduras e das alterações da pele causadas pela radioterapia.
O Óleo de Rosa Mosqueta se diferencia dos outros por se tratar de um óleo vegetal que possui em sua composição 80% de ácidos graxos essenciais, que são considerados indispensáveis na síntese de prostaglandinas e proteínas, sendo ainda responsáveis pelo mecanismo de defesa das células e regeneração dos tecidos.
O ácidos graxos essenciais, por serem fundamentais na formação das membranas celulares da epiderme, promovem ao óleo uma profunda permeação cutânea, garantindo ao produto resultados eficazes em menos tempo. Além disso, evita a desidratação da pele, pois os ácidos graxos essenciais também agem formando uma barreira de impermeabilidade impedindo a perda de água transepidérmica.
Como usar :
No Corpo: Após o banho aplique sobre o corpo ainda úmido ou molhado.
Na Face: Aplique a noite após a higienização da pele.
Recomenda-se o uso diário à noite após o banho ou ducha, aplicando pequena quantidade do produto na pele úmida e espalhando com movimentos circulares até que seja absorvido. Se necessário, aplicar com vigor. Nos casos de peles muito secas e descamativas, recomenda-se duas aplicações diárias, pela manhã e à noite.
Estudos Científicos
Estudo 01
Em 1987, durante um congresso de químicos cosméticos no Chile, pesquisadores dos Estados Unidos divulgaram a descoberta de que o princípio ativo presente no Óleo de Rosa Mosqueta que permite o aumento da velocidade da regeneração da pele é o ácido transretinóico. Estudos científicos comprovaram que aplicado na pele, o ácido transretinóico produz grandes modificações no processo de queratinização, gerando a ativação dos fibroblastos. Estas propriedades fantásticas apresentadas garantem resultados efetivos nos tratamentos de: fotoenvelhecimento (manchas causadas pelo excesso de exposição ao sol); cicatrizes cirúrgicas e quelóides; escaras produzidas pela psoríase; cicatrizes provocadas por queimaduras; cicatrizes de acne; pele seca e eczemas.
Estudo 02
Em um estudo morfológico do efeito da sulfadiazina de prata, extrato de ipê-roxo e extrato de barbatimão na cicatrização de feridas cutâneas, Coelho et all, 2010, evidenciou em análise histológica a proliferação vascular, neutrófilos, linfócitos, fibroblastos, fibras colágenas e epitelização. Os achados macroscópicos mostraram epitelização completa aos 14 dias em todos os animais dos grupos S (Sulfadiazina), IR (Ipê roxo) e B (Barbatimão). Na análise histológica aos 14 dias, apenas o grupo C (Controle – tratado apenas com soro fisiológico) ainda apresentava epitelização incompleta em seis animais; neste mesmo período houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo controle e os demais grupos quanto ao processo inflamatório e neovascularização. Em relação à presença de fibroblastos e colágeno, houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo controle e os demais grupos aos 30 dias. Desta forma a análise dos resultados morfológicos permitiu ao pesquisadores concluir que o grupo S, IR e B foram favorecidos no processo de cicatrização das feridas cutâneas, quando comparados com o controle (C). Esta pesquisa demonstra que de forma mais natural é possível melhorar o processo de cicatrização.
Referências Bibliográficas:
COELHO, Julice Medeiros et al. O efeito da sulfadiazina de prata, extrato de ipê-roxo e extrato de barbatimão na cicatrização de feridas cutâneas em ratos. Rev. Col. Bras. Cir., Rio de Janeiro, v. 37, n. 1, Feb. 2010 . Available from . access on 20 Aug. 2010.
SANTOS, Joyce Silva; VIEIRA, Ana Beatriz Duarte; KAMADA, Ivone A Rosa mosqueta no tratamento de feridas abertas: uma revisão. Revista Brasileira de Enfermagem, 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n3/20.pdf