Texto de Marie Noëlle (tradução Aromaflora)
Os trabalhos sobre o desenvolvimento sensorial do feto datam do fim dos anos 70 e inicio dos anos 80.
Essas pesquisas acabaram em descobertas que, na época, se mostraram bastante surpreendentes. Nós pudemos enfim constatar que o feto era dotado de percepções precocemente: ele reconhece a voz de seu pai, distingue o gosto dos alimentos absorvidos pela sua mãe, prefere certos tipos de musicas a outras, etc.
Mostrarei aqui um resumo dessas descobertas. Essa palavra, “descobertas”, me parece bastante apropriada, pois se pôde descobrir todo um universo perceptivo e relacional daquilo que chamamos de “feto”). É neste contexto que a vida privada e até agora secreta do feto foi, em parte, colocada em evidencia.
O primeiro sentido que se desenvolve no despertar da vida humana é sentido do TOQUE (segundo mês de gestação). Lembro que, durante a embriogênese, o cérebro será constituído de uma “dobra” de pele. Como diz o grande poeta Paul Valéry, “La peau est ce qu’il y a de plus profond en nous” (A pele é o que há de mais profundo em nós). Conseqüentemente, a primeira percepção de nossa existência é a sensação táctil, nosso contato com a parede do útero que nos rodeia. Nós sentimos que existimos através desse contato primário.
Posteriormente, o sentido do tato será seguido, algumas semanas depois, pelos sentidos do paladar e do olfato, por volta do quarto mês de gestação.
Diferentes estudos mostraram claramente que o recém-nascido prefere certos gostos aos outros, de acordo com os alimentos consumidos pela mãe durante a gravidez. A audição irá se desenvolver por volta do 5° mês de gravidez, seguida pela visão, no 7°.
Os dois primeiros sentidos humanos que se desenvolvem, o tato e o olfato, são conseqüentemente os mais arcaicos, mais emocionais e afetivos sentidos desenvolvidos pelo homem. Sabe-se que para o bebê, o toque e o olfato são os sentidos que eles privilegiam. É através desses dois sentidos que o bebê se desenvolve emocionalmente e cria um “apego seguro”, uma forma de segurança básica. Mesmo para os adultos, o toque e o cheiro remetem aos sentidos mais arcaicos e emocionais do homem.
O uso dos óleos essenciais engloba, antes de qualquer coisa, esses dois sentidos iniciais: o toque, através da massagem direta dos óleos essenciais sobre a pele, e o olfato, pois o simples fato de sentir um óleo essencial pode ter um impacto real sobre a psique e o bem estar da pessoa.
Quando falamos sobre óleos essenciais também discutimos o significado do “essencial”: o tato e o olfato.
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