Texto do Centro Brasileiro de Apoio Nutricional
O exercício físico regular é muito benéfico no controle do diabetes mellitus, intolerância à glicose e resistência insulínica. Aquele que vem demonstrando efeitos mais substanciais é o aeróbio, pois produz sensível aumento na captação de glicose pelos músculos esqueléticos, independente de insulina.
No pós-esforço, a captação de glicose continua enquanto o glicogênio é ressintetizado.
As recomendações gerais propõem uma atividade física moderada pelo menos cinco vezes na semana sem freqüência cardíaca especificada; é importante que o paciente diabético seja monitorado por uma equipe multidisciplinar que analise os riscos e benefícios individuais de cada atividade física.
Algumas considerações são particularmente importantes e específicas em programas de exercícios para indivíduos com diabetes, como cuidados com os pés, hidratação e temperatura ambiente adequadas.
A atividade física vem sendo cada vez mais incentivada aos diabéticos tipos 1, já que sua prática regular reduz a dosagem de insulina, além de possibilitar: a melhora a longo prazo do controle da enfermidade, aumento da sensibilidade à insulina, possível redução das LDL-c e dos triglicérides, com aumento da HDL-c, redução da HAS leve e moderada, melhora da condição cardiorrespiratória e, por conseqüência, da qualidade de vida.
Os pacientes diabéticos, que usam insulina, devem estar conscientes dos riscos durante os exercícios físicos, mantendo uma relação de equilíbrio entre as aplicações de insulina, dieta e exercícios; não praticar atividades físicas isoladas, nem em períodos de descontrole metabólico; ajustar a dosagem de insulina e os carboidratos extras consumidos em períodos de atividades; não exceder-se nos exercícios e praticar o tipo de atividade mais adequada para o seu condicionamento físico, com a ajuda de um profissional de educação física.
Os portadores de diabetes mellitus tipo 2 também apresentam uma evidente melhora e, muitas vezes, a associação do exercício com a perda de peso pode até restaurar a intolerância à glicose próxima aos padrões normais, já que muitos casos de diabetes tipo 2 são ocasionados pelo sedentarismo.
Ainda que a atividade física seja uma intervenção terapêutica essencial no controle e na prevenção do diabetes tipo 2, seus benefícios só se mantêm se esta é realizada com regularidade. Portanto, a administração de insulina deve ser criteriosa no sentido de minimizar efeitos indesejáveis, já que a atividade física atua no controle da glicemia. Dessa forma, a atividade física deve ser vista como um fator fundamental no tratamento do indivíduo diabético.
BIBLIOGRAFIA
Bouts DMD, Portela ES, Soares EA. A atividade física e a dieta no tratamento do indivíduo diabético insulino-dependente. Caderno de Nutrição da Sociedade Brasileira de Nutrição 1998; 16:15-29.
Colberg SR, Swain DP. Exercise and diabetes control. Physician and
Sports Medicine 2000;35:4:1-13.
Utilizando Aromaterapia para aumentar a sensibilidade a insulina veja em: http://goo.gl/MfJAvN