O estudo foi publicado on-line na revista Science Translational Medicine.
Texto de Cássio Leite Vieira – Ciência Hoje/ RJ
Texto originalmente publicado na CH 290 (março de 2012).
Pesquisadores do Canadá encontraram uma explicação científica em nível celular para a eficácia da massagem no alívio da dor e na recuperação muscular.
Massagistas (massoterapeutas) agora poderão dizer, com base científica, por que a atividade que exercem funciona no alívio da dor e na recuperação muscular. E isso tem a ver com ‘ligar’ e ‘desligar’ genes, segundo estudo.
Parte dos profissionais de saúde vê a massagem com ceticismo – afinal, qual a base científica para os tais benefícios relatados? Porém, não faltam relatos sobre os benefícios e a eficácia da técnica em sua ação contra a dor.
Agora, veio a público o que parece ser a primeira explicação científica em nível celular para a massagem. E a história das razões do estudo – relatada pelo serviço noticiosoScienceNow (01/02/12) – começa quando Mark Tarnopolsky, da Universidade McMaster (Canadá), passou a se submeter a massagens por indicação médica, depois de acidente esportivo.
Veio a público o que parece ser a primeira explicação científica em nível celular para a massagem
O fato de as sessões trazerem alívio para a dor chamou a atenção do pesquisador. Haveria base celular para o que ele sentia? Tanopolsky, coincidentemente, trabalha com metabolismo celular.
O cientista reuniu colegas e decidiu investigar. Arrebanharam-se 11 jovens, submetidos a exercícios extenuantes. Dez minutos depois da prática esportiva (pedalar), uma das pernas foi submetida a massagem.
Os pesquisadores colheram amostras do quadríceps (músculo da parte anterior da coxa) das duas pernas em três ocasiões: antes do exercício, 10 minutos depois e 3h mais tarde.
Primeiramente, eles constataram o que já se sabia: depois do exercício, as células apresentam mais evidências de inflamação e de sinais de autorreparo dos danos do que antes.
A surpresa veio quando se analisaram as células do tecido massageado: elas tinham 30% a mais de genes reparadores envolvidos no processo de transformar nutrientes em energia, bem como 300% menos de proteínas que ‘ligam’ genes envolvidos na inflamação.
Simplificadamente: os genes reparadores estavam ‘ligados’ e os relacionados à inflamação ‘desligados’.
Quanto à crença de que a massagem difunde, para outras regiões, o ácido lático do músculo dolorido, a equipe não achou evidências – esse, até agora, era o argumento ‘científico’ mais usado para justificar os efeitos da massagem.
Vamos aproveitar e potencializar a massagem com óleos essenciais
Acrescentar a duas colheres de creme ou óleo vegetal de semente de uva e 02 gotas de óleo essencial de alecrim e 02 gotas de óleo essencial de lavanda. (estudo de caso Jim Baxter- enfermeira aromaterapeuta – Livro Aromatherapy for Health Professionals -Shirley Price)
OE de Alecrim (Rosmarinus officinalis ct) aumento da circulação local e além da ação analgésica e antiespasmódica (cãibra).
OE de Lavanda (Lavandula officianalis) diminui a dor por atividade analgésica local devido a mecanismo bloqueante dos canais de Sódio ou Cálcio. (Ghelardini et al 1999Planta Medica 65:700-703)
Outros óleos que podem ser acrescentados:
OE de Cipreste (Cupressus sempervirens fol.) ação calmante regulando o sistema simpático e o sistema nervoso central, muito utilizado para cãibra, devido a ação antiespasmódica.
OE Bétula (Bétula alba) – efeitos purificante e desintoxicante. Incentiva a excreção dos líquidos e promove atividades metabólicas.