Revisão de Neiva Knaak e Lidia Mariana Fiuza
As substâncias repelentes ou atraentes das plantas são, principalmente, de natureza terpênicae se apresentam como moléculas de baixo peso molecular e volátil. Essas substâncias, normalmente, são conhecidas como aromáticas e se denominam óleos essenciais, os quais se acumulam em todos os órgãos vegetais.
Nos vegetais, os óleos essenciais desenvolvem funções relacionadas com sua volatilidade, agindo na atração de polinizadores, na proteção contra predadores, nos patógenos, na perda de água, no aumento de temperatura e também desempenhando funções ecológicas, especialmente como inibidoras de germinação. Essas características tornam as plantas que os produzem poderosas fontes de agentes biocidas, o que é largamente estudado nos agroecossistemas, principalmente no que concerne às ações bactericida, fungicida e inseticida.
Os óleos essenciais têm como principais constituintes os monoterpenos, seguidos pelos sesquiterpenos, além de compostos aromáticos de baixo peso molecular. Sua função específica na planta ainda é desconhecida, porém se acredita que, durante o seu desenvolvimento, as plantas superiores sintetizam terpenóides essenciais para o próprio crescimento. Essas substâncias do metabolismo secundário podem agir como inibidores de germinação, proteção contra predadores, atração de polinizadores, entre outras.
Entretanto, a avaliação desses compostos com finalidades diversas, como, por exemplo, no controle de microrganismos patogênicos de plantas cultivadas ou, ainda, como inseticida ou herbicida natural, é recente, visto que são poucos os trabalhos de pesquisa desenvolvidos e publicados nessa área. Esta revisão em artigo trata das interações dos óleos essenciais de plantas medicinais, silvestres e cultivadas com microrganismos e insetos.
Veja mais em Neotropical Biology and Conservation 5(2):120-132, may-august 2010 ©by Unisinos – doi: 10.4013/nbc.2010.52.08